Morte de cão Alegria pode ter sido represália
Médico que usava o cachorro em terapias teria recebido ameaças de morte
Cinco dias antes de o cão Alegria ser massacrado e morto no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o médico e professor de genética Renato Zamora Flores, que usava o cachorro na terapia de crianças e adolescentes, teria recebido ameaças de morte.
O episódio, segundo o professor, ocorreu durante um telefonema ao pai de um menino atendido no Projeto Proteger – Saúde e Comportamento Violento, que usa animais para facilitar a integração entre os profissionais e os pacientes. Flores queria saber por que a criança, vítima de maus-tratos, havia faltado a uma consulta. O Proteger atende em torno 4,5 mil pessoas por ano, a maioria em situações de conflito.
– Liguei para saber o motivo pelo qual o menino não havia sido trazido na sessão e durante a conversa houve a ameaça – relata o professor.
Se existe relação entre a morte de Alegria e a ameaça ao médico e professor, ela deverá ser investigada pela Polícia Federal, que hoje abre um inquérito para apurar o extermínio de outros nove cachorros no campus.
A hipótese de que a morte seja um recado para o professor ganha força devido à violência usada contra o animal, revelada pelos resultados parciais da necropsia.
– Não houve perfurações. Mas aconteceu uma forte hemorragia na região do pescoço, e o diafragma e o fígado foram rompidos. Ele pode ter sido morto a pauladas. Ou ter sido erguido pelo pescoço e jogado contra uma superfície dura – disse o professor.
O cachorro Alegria foi substituído por outro cão, o Waguinho.
Carlos Wagner | carlos.wagner@zerohora.com.br
ZERO HORA
Cinco dias antes de o cão Alegria ser massacrado e morto no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o médico e professor de genética Renato Zamora Flores, que usava o cachorro na terapia de crianças e adolescentes, teria recebido ameaças de morte.
O episódio, segundo o professor, ocorreu durante um telefonema ao pai de um menino atendido no Projeto Proteger – Saúde e Comportamento Violento, que usa animais para facilitar a integração entre os profissionais e os pacientes. Flores queria saber por que a criança, vítima de maus-tratos, havia faltado a uma consulta. O Proteger atende em torno 4,5 mil pessoas por ano, a maioria em situações de conflito.
– Liguei para saber o motivo pelo qual o menino não havia sido trazido na sessão e durante a conversa houve a ameaça – relata o professor.
Se existe relação entre a morte de Alegria e a ameaça ao médico e professor, ela deverá ser investigada pela Polícia Federal, que hoje abre um inquérito para apurar o extermínio de outros nove cachorros no campus.
A hipótese de que a morte seja um recado para o professor ganha força devido à violência usada contra o animal, revelada pelos resultados parciais da necropsia.
– Não houve perfurações. Mas aconteceu uma forte hemorragia na região do pescoço, e o diafragma e o fígado foram rompidos. Ele pode ter sido morto a pauladas. Ou ter sido erguido pelo pescoço e jogado contra uma superfície dura – disse o professor.
O cachorro Alegria foi substituído por outro cão, o Waguinho.
Carlos Wagner | carlos.wagner@zerohora.com.br
ZERO HORA
Comentários
Postar um comentário